quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

watchamovie 3: the next three days



Fui ver esse filme com meu irmão e nosso amigo Jonfen, sábado à noite, num dos dois cinemas da cidade. Sim, aqui temos 2 cinemas e 90% dos filmes são dublados, 5% são nacionais e 5% legendados. Escolhemos, assim, o que possui as "melhores" (menos piores) salas e fomos. Pegamos fila e, quando entramos, a sala era minúscula e tivemos que sentar logo na 4a ou 5a fileira, não lembro. Não sentamos antes de limpar as pipocas que estavam nas poltronas. Muito nojento.Passou o trailer do filme O Turista, com a cabeça da Angelina Jolie e as bochechas do Johnny Depp fazendo par românticozZZZzzz. Tou super a fim de ver quando tiver pra baixar. O cinema é tão tosco que nem passa muito trailer. E eu adoro assistir trailers. Eles dão aquela sensação de que todos os filmes são bons, basta editar.Eu sou péssima para contar filmes, já percebi, mas vamos lá: Quando se trata de Russel Crowe, eu sempre crio uma expectativapor conta de Gladiador, Robin Hood, 3:10 to Yuma etc. Sim, ele é bom em dramas, até mesmo filmes mais light como Um Ano Bom, mas eu sempre quero ver o Russel passando todo mundo pra trás mas sem perder o carisma. Ou seja, eu gosto de torcer por ele nos filmes. Mesmo quando ele é o bandido.No filme em questão, ele é casado com Lara Brennan (Elizabeth Banks low profile) que, pelo que entendi, trabalha num consultório de dentistas. Eles têm um filho que né, meio lerdo. Mesmo assim a família é boa, John é um professor tranquilo, pai e marido amoroso. E tem um senso de humor do jeito que a gente gosta.Logo no começo o ritmo acelera quando a esposa vai presa acusada de assassinar sua chefe. Anos se passam e ela é considerada culpada e o bandido do Esqueceram de Mim 1 e 2, advogado deles, não consegue provar sua inocência e diz que dificilmente uma apelação vai resolver, afinal, o STF (como traduziram Suprema Corte) não pega casos assim, algo desse tipo.Nessa hora que o Russel Crowe começa a emprestar sua personalidade para o personagem (imagino o roteirista perguntando pra ele: "O que você faria?"). Ele começa a bolar um plano pra tirar sua esposa da cadeia. Além de pedir ajuda pro Liam Neeson, cujo personagem havia escapado da prisão 7 vezes, ele aprende muita coisa no Youtube. É bem interessante e levemente cômico. Legal também porque ele não é um Michael Scofield (gênio) e, mesmo assim, insiste no plano.O ápice do filme casa com a trilha sonora e tudo fica muito emocionante, principalmente nas cenas de perseguição. Pelo finaleu não esperava, não exatamente, o que deixa tudo ainda melhor. Até porque, final surpreendente hoje em dia, é difícil. Recomendo!Na saída do cinema, pudemos ouvir nossos passos, já que os sapatos grudavam nas melecas de refrigerantes derramados no chão.



watchamovie 2: Black Swan

Neste filme, Natalie Portman é uma bailarina dedicada (com os pés destruídos) que preza pela perfeição de seus movimentos, deixando de lado a espontaneidade e sensualidade que seu coreógrafo, interpretado por Vincent Cassel, tanto exige.

Ela tem 28 anos e mora com a mãe, que já foi também uma bailarina e deixou de ser quando engravidou da filha. A relação das duas é intensa e tensa, já que a mãe a cerca de todos os lados para que a filha alcance seus objetivos.

Até aí tudo bem, já vimos em centenas de filmes. O que nos prende é o transtorno vivido por ela, que sofre de problemas psicológicos, como obsessão, fantasias e personalidade dupla.

O filme é agoniante, diversas vezes me percebi tensa, angustiada, perturbada, batendo a cabeça na parede, chamando minha mãe etc.

Mas não poderíamos esperar coisa diferente do diretor Darren Aronofsky, que dirigiu Pi, Requiem for a Dream, The Fountain e The Wrestler. Vi todos estes e todos são extremamente desconfortáveis, com destaque para os dois primeiros. Daqueles que você chega a fechar o olho porque não aguenta assistir à cena.

E daí que essa pseudo-resenha ficou uma droga, talvez eu nem assistiria depois de ler um troço desse mas, sinceramente falando, é bom sim, eu recomendo. Mas não precisa chamar sua mãe ou seu pai pra assistir junto.

Easter Egg: Natalie Portman está grávida e noiva do piá que faz par com ela no filme. Se vocês repararem, ela está fazendo filmes loucamente, até comédia e comédia romântica, sem falar em Thor! Segundo meu irmão, ela está fazendo um pé de meia pra receber a criança. Como se precisasse...

Easter Egg 2: Mas que risadinha, hein, Portman? Reparem na cara do Steve Buscemi. Sensacional.

watchamovie 1: 4 meses, 3 semanas e 2 dias

No início do filme somos situados no ano de 1987, na Romênia. Neste período o país vivia o comunismo, o qual não é discutido na trama, ficando tácito no decorrer da história, ao mostrar os estudantes fazendo pequenos contrabandos de cigarro, desodorante, tic-tac de laranja (que eu fui conhecer depois dos anos 2000) etc., além da preocupação em estar sempre com os documentos, caso algum guarda pedisse.


Em todo caso, o foco não é a política do país, antes, o momento do comunismo é apenas o cenário de fundo para a história de duas estudantes, Otília e Gabriela, vividas por duas atrizes romênias (obviamente) e desconhecidas por mim (por nós, né). Gabriela está grávida e quer abortar, abusando da boa vontade de sua amiga Otília, que faz mais do que eu jamais faria por qualquer amiga minha. Acontece no filme uma discussão sobre a verdadeira duração da gravidez e o perigo em abortar depois do 4º mês, porque a pessoa que realizou o aborto responderia por homicídio e não aborto. Inclusive o "abortador" (qual o 'nome' de quem realiza o aborto na mulher?) deixa claro tratar-se de "chave de cadeia" o que eles estão fazendo.


Achei interessante que no filme não fica preciso o tempo de gravidez da menina a não ser para nós, espectadores, que o sabemos por conta do título.

watchamovie



Como alguns sabem, eu adoro filmes, seriados e minisséries. Até criei, ano passado, um blog só para isso e daí que eu postei duas vezes e só. Resolvi, então, trazer pra cá os posts de lá e deixar tudo por aqui, mesmo. Assim fica mais fácil de manter e, quando eu não tiver um texto, eu falo sobre um filme e derivados. Deixando claro que apenas dou minha opinião do filme, não quer dizer que ela será boa, construtiva ou até que você vá gostar do filme em questão.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

um punhado de balões e um colchão inflável



Então sua amiga vai completar anos e já está querendo ocultar a somatória de todos eles. Não que ela esteja ficando velha ou tenha perdido a cara de estagiária, mas sabe como é. Mulheres. Ela trabalha muito, chega tarde em casa, muito cansada. Não queria nada na data em que nasceu, então você tem a ideia de fazer algo numa relax, numa tranquila, numa boa, pra ela, na piscina do prédio.

Planeja uma tarde lá embaixo, com música, comidas, balões e colchões com almofadas, para a sessão de filminhos mais à noite. Compra tudo, ideias começam a surgir na sua cabeça, e você quer fazer tudo, desde o cachorro-quente até os docinhos, o bolo e claro-por-que-não, a Piña Colada que sua prima te ensinou e que agora todo mundo pede.

Então você se estressa, porque cada um tem uma opinião e como vai fazer tudo sozinha, fica tensa, para que tudo saia perfeito. No dia da festa você acorda não muito cedo, já que foi dormir um pouco tarde e já vai para a cozinha dar conta de tudo. Pede ajuda pro irmão, pro pai, pra mãe, pra Deus, e tudo fica pronto em cima da hora. Você tá feia, suada, e precisa descer os três andares várias vezes pra levar tudo. Mas tudo bem, 14h suas amigas chegam pra ajudar. 14h30min uma chega pra ajudar. O resto vem perto das 16h, mesmo.

Por fim, você toma banho, se arruma (ou se apronta ou se ajeita) e já desce com o molho de cachorro-quente, afinal, já são quase 17h. Então todas sentam, todas comem, conversam, conversam, conversam, conversam, comem e a coisa vai fluindo. Ninguém entra na piscina porque você, anfitriã, com problemas técnicos, não pode. Umas nem iam entrar, mesmo, porque não gostam (?), ou não podem com cloro ou, ainda, mesmo avisadas, não levaram roupa de banho porque alguma coisa aconteceu who cares?

Em todo caso, nem tudo saiu como planejado, mas nem por isso foi ruim. Rever as amigas, colocar a conversa em dia, reclamar dos homens, das expectativas alheias, falar da convivência em família, enfim, de tudo. Mais tarde vimos um filme, que nem vou dizer qual é, mas que é muito divertido pra essas ocasiões. Então sugiro outro e, quando acabou, eram 2h da manhã. Se eu morasse em casa, teria dormido por ali, mesmo, sem medo de ser feliz. Mas, apesar do horário, tínhamos que subir com tudo pro apartamento (e aqui não tem elevador). Inclusive a TV. Você quase morre para subir três andares com ela, mas é amparada no último lance pela aniversariante.

Depois de quase tudo em ordem, elas vão embora, algumas levam uns balões (já que estava tarde demais para estourá-los) e restou apenas um colchão inflável de casal e dois cachos de balões. Então você abraça o colchão, já com os balões na mão e a bolsa fazendo peso no braço direito. Sobe de maneira desengonçada todos os andares, pensando em quão ridícula é aquela cena e, finalmente, chega em casa, exausta. Toma banho, vai pro quarto, senta na cama e pensa: "Meu Deus, eu só queria um namorado!"

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

de como eu vou estar me contentando...


Ele escreve bem, lê bons livros, é atencioso, a conversa rende por horas, tem bom gosto musical, é engraçado, companheiro e bonito. Ou não. Pode até ser feio, ou muito feio. Isso não importa, sabe por quê? Porque ele tem namorada e/ou mora longe ou não se interessa por você, ou gosta de meninas mais novas, ou te vê como melhor amiga dele, tem objetivos diferentes ou coisa que o valha.

Aí aprendemos que nem sempre os mais interessantes vão se mostrar interessados. E aí entram os mais ou menos. Aqueles que têm um e-mail no yahoo, no hotmail, que escrevem "naum", que dão risada com "kkkkkkkk" ou "rsrsrsrsrsrsrs", que gostam de M. Shyamalan, Augusto Cury, seguem o Luciano Huck no twitter, ou nem têm twitter, só ajudam com a louça de você pedir (mandar), você tá mal e ele diz "Ow, tenho que ir agora, bjus!" e por aí vai.

Mas se é tão mais pra menos que pra mais, por que eles? Porque, de alguma forma, com o tempo, eles vão entender que gmail é melhor, que google chrome é mais rápido, que os filmes que você gosta também são assistíveis, que legendado é bem melhor, que auto-ajuda é repetitivo e que lavar uma louça não mata ninguém.

E eu também não vou me importar em ouvir sertanejo na viagem, afinal, ele tem um coração bom, ele é divertido (tanto quanto o Michael Scott), ele compra algo simplesmente porque se lembrou de mim e de como eu gosto daquilo, ele vai me dar flores porque não vai lembrar da conversa em que eu disse que não gosto de receber flores porque ela morrem, mas ele vai dar flores e bombons e não vai guardar minhas cartas em um lugar especial porque ele não terá um. Provavelmente estarão jogadas na gaveta de cuecas dele.

Então vocês podem pensar que estou sendo contraditória e que, na verdade, é melhor estar sozinha do que mal acompanhada. E é verdade. Unless they're hot.



quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

nada, não

Como comentei no post anterior, estou fazendo natação. Eu sempre gostei de nadar, desde pequena.

Comecei a nadar com 8 anos, assim, na escola de natação, já que eu nadava no prédio por conta própria e era dedurada pelos meus irmãos "A Ana nadou no fundo hoje, mãe!". Hoje o fundo deve bater na altura do meu peito. Exageros à parte, aprendi a nadar meio que sozinha, no estilo cachorrinho. Era muito boa, não tão boa quanto meu irmão que me ensinou. Depois logo me dei conta que era estilo de cachorro e não muito eficiente, cansa muito.

Tive que sair porque morava numa cidade onde ventava muito (Cascavel-PR) e não raro (aff) eu tinha infecção no ouvido e bronquite, pneumonia, essas coisas. Relação: saía de cabelo molhado ou úmido, pegava vento e ficava doente.

Em Londrina, a Springfield do Paraná, cidade um pouco mais quente, voltei a nadar. Isso com uns 12 anos. Não recordo por quanto tempo nadei, só lembro que eu não gostava de nadar rápido, apenas bastante, enquanto as gurias se matavam pra nadar mais rápido que as outras, fazendo competições entre elas etc.

Em 2005 nadei novamente. Dessa vez na academia Gustavo Borges, em Curitiba, ótima academia, por sinal. Também, com aquele valor de mensalidade, tinha que ser. Nadava o dobro do tempo programado, fiquei amiga do treinador, pra quem eu até gravei um CD com músicas pra ele usar nas aulas. No meu último dia de aula ele disse: "Não pára de nadar, hein! E quando vier passear em Curitiba, vem nadar com a gente!"

Parei de nadar e nunca voltei pra Curitiba desde então.

Ontem eu voltei às aulinhas de natação. O lugar é bem simples. Acho que era a casa do cara e ele montou uma escolinha da natação. Pra ter noção a piscina tem 16m de comprimento, nem é proporcional à olímpica. Também não tem a marca escura no fundo para dizer quando estamos chegando na parede.

Em todo caso, lá tem qualidades imbatíveis: preço e localização. É bem perto de casa e o plano semestral (pacto de sangue) deixa a mensalidade bem em conta. E também, vamos ser sem frescura, é uma piscina, tem raias e a água não é verde.

Primeiro dia eu fiquei meio apreensiva, fazia tempo que não nadava e sempre dá aquela vergoinha de ficar de maiô e touca na frente dos outros. Touca, sim. Maiô com cabelos soltos ao vento é uma coisa. Coloca a touca e fique ridícula. Até as senhoras na hidro ficam mais simpáticas. Eu, com essas bochechas, fico puro bolacha trakinas. E quando termina o treino e eu tiro os óculos é mais feio, ainda.



Nessas horas a gente aguenta, pensa no resultado. É como colocar aparelho. Você fica feio por um tempo, uns anos, mas depois fica com aquele sorriso lindo (e sorriso é 80% da beleza facial, pra mim).

Chato da natação é ter que usar aquelas pranchinhas ou, como hoje meu professor mandou, fazer perna de borboleta com braçada de crawl e depois com braçada de peito. É pra coordenação motora, evidentemente, mas tem que pensar duas vezes a cada movimento, não dá pra nadar automaticamente.

No final do treino ele disse que daqui a pouco vamos nadar contra o relógio, pra aumentar a capacidade de alguma coisa do corpo e queima de gordura. Ele disse que, pelo que ele viu hoje, eu vou dar conta. Tá, tudo muito bom, muito bonito, só não me faça depois ir para as Olimpíadas...


então você quer ter um blog?

Cria um documento no word, escreve alguma coisa lá que a vontade passa. Assim como Ryan fez com o Creed no The Office. Claro que nesse caso foi mais engraçado porque ele nem se deu conta.

Mas sério, eu não me importo em ficar séculos sem postar algo mas, assim como camas sem colchão, blog desatualizado é algo muito melancólico. Pelo menos pra mim. Pra não dizer que eu não escrevo, tenho uns sete textos em rascunho aqui. Mas não sei, acho que eles soam melhor na minha cabeça.

Por exemplo, quando vou deitar, eu escrevo cartas, textos, tweets, comentários, atualizações de status, profile e coisa que o valha, mas tudo mentalmente. Daí que pra levantar e escrever tudo isso parece bobagem ou eu realmente estou com muito sono e acabo deixando pra lá. No dia seguinte, já foi, passou o momento, esqueci tudo.

Sem contar que muito do que eu acho interessante ou relevante pode não interessar a ninguém, e geralmente não vai, mesmo. Dessa forma, reduzo meu blog ao "Querido Diário" (e sempre a música de entrada do Doug Funny segue esse pensamento).

Daí que eu escrevo e depois leio e fico mudando tudo, tirando as expressões clichês que infelizmente eu usei e tentando deixar mais interessante e com aquele humor inteligente que sempre buscamos nos garotos e que, decerto porque as mulheres invadiram o mercado de trabalho, também procuramos reproduzir.

Antes de fazer um comentário eu penso várias vezes, mas às vezes acaba saindo um "Ai que liiiiiindo, amigaaaaaa!", mesmo. Menos mal pra mim, que sou mulher, né. Pelo menos ainda é aceitável esse tipo de comentário na falta de um mais elaborado!

Enquanto eu nadava hoje, olhando aquelas bandeirinhas no teto - que servem pra você não se perder quando está nadando de costas e não bater a cabeça na parede da piscina - fiquei pensando que, na verdade, nem precisava me preocupar tanto com isso. Quem não tem um amigo cuja namorada nem conhece "esses trem de tuíte, facebúque, naum entendo nada rsrsrs kkkkkkk" e tá tudo bem. Ele gosta dela mesmo assim, até acha bom que ela não entenda disso, porque a vida é mais do que internet, vamos lá fora correr no campo de cimento.

Nisso eu penso, considero e posso até ter uma opinião sobre tudo. Mas, como diria meu irmão (o mais velho): "Se eu não estivesse lá, eu nem ouviria aquilo" e nem precisaria falar algo sobre. E estaria tudo bem, não é mesmo? (É, eu parei o quote pela metade, não lembro as palavras exatas dele).

Mas isso aqui nem é uma despedida, nem retomada, nem recomeço e talvez nem seja a expressão exata de meus sentimentos. Muito menos um desabafo, até porque, se tem uma coisa que eu detesto (como já diria Holden Caulfield), é esta palavra.

Vou continuar com o blog, twiter, facebook, msn, comentários e tudo o mais, porque é da minha natureza. Pelo menos por enquanto.