quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

ah, o verão!

Não que eu tenha sorrido logo no dia seguinte. Até porque, depois de tanto tempo, difícil lembrar-me disso. Fato é que essa fase triste passou. Há um bom certo tempo, felizmente.

Saí da fase triste e entrei na fase ocupada, mas não menos feliz.

Volta e meia bate uma nostalgia em mim. Esses dias estava me lembrando de quando tinha um blog aos 16 anos. Eu escrevia quase todo dia e ele era bem frequentado. Mas claro que era algo mais bobinho, natural aos 16 anos. Mas não era de todo ruim, tanto que ainda tenho os melhores textos guardados, além do arrependimento de tê-lo deletado.

Ando bem nostálgica ultimamente. Dei-me conta de que nunca voltei ao sul depois de mudar de lá. E eu sempre lembro como era morar lá. Não que eu prefira morar lá. Adoro morar aqui. Mas lá eu tive muitos momentos, solitários, é verdade, porém memoráveis.

Um exemplo disso eram minhas andanças no centro. Então me tomavam horas, tendo em vista o clima ser agradável e eu não precisar preocupar-me em começar a suar 3 minutos depois de sair de casa.

Segunda-feira eu saí e fui ao centro da cidade. Mas aqui isso significa entrar numa ilha de calor, o que pra mim quer dizer bezuntar-me com protetor solar, usar luvas com proteção solar, óculos escuros e sombrinha.

Eu gosto do centro daqui, apesar de achar que os carros deveriam ser banidos e deixar tudo como calçadão, além de plantarem umas árvores por lá.

Mas enfim, eu fui. Não quis demorar muito, pois o calor estava insuportável. Fiz o que tinha que fazer e fui atrás de um colar para minha tia. Então passei na feirinha atrás da Igreja Matriz para procurar um. Infelizmente o negócio lá está bem decadente, a não ser a fila para comprar pastel, que estava considerável. Do que eu precisava estava em falta. Colares feios e sem graça. e nada de capim dourado... dizem que o preço subiu demais e que não dão mais conta de comprar.

Sendo assim, resolvi passar na FUNAI, que estava fechada. Então, depois de dar o meu melhor (acredite, aumentar 15 minutos de caminhada no centro é dar o seu melhor), resolvi ir embora. A caminho de ir embora, avistei uma loja de artesanato e resolvi entrar. Nada de excepcional, mas encontrei um colar bem diferente para minha tia. Espero que ela goste. Lá também tinha uma parte da parede original, feita de Adobe, explicando essa técnica de construção. Very interesting. Depois dei uma olhada em um quadro que ela tinha e que me chamou atenção. Não é extraordinário, mas é uma paisagem e eu amo paisagens. Sim, isso é meio idoso de minha parte, mas nada posso fazer a respeito. A moça dona do lugar indicou-me onde eu poderia ver mais quadros daquele pintor, e era "logo ali".

Sendo assim, despedi-me dela e fui visitar o pintor. Estava trancado, mas ele abriu pra mim. Ele mora ali no centro, numa casa antiga e típica da cidade. Achei bem impressionante ele morar lá. A casa é a galeria dele. Ou a galeria fica na casa dele... vocês entenderam. Havia lindos quadros em suas paredes e todos retratavam paisagens da região. A pintura dele não é exatamente precisa, falta um pouco de detalhamento, mas isso eu acho que fica por conta de quem está apreciando as obras.

Depois de gastar um tempinho apreciando e lamentando o fato de eu não ter dinheiro nem casa para comprar e colocar os quadros (além das perguntas idiotas para preencher o silêncio), voltei para casa, louca para tomar banho e me livrar do calor.

Ouvi dizer que para concluir um texto, deve-se retomar e reforçar a ideia original. Nesse caso, acho que o objetivo aqui era retomar e reforçar a ideia de que isto é um blog e, como tal, carece de textos mais periódicos.