quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

nada, não

Como comentei no post anterior, estou fazendo natação. Eu sempre gostei de nadar, desde pequena.

Comecei a nadar com 8 anos, assim, na escola de natação, já que eu nadava no prédio por conta própria e era dedurada pelos meus irmãos "A Ana nadou no fundo hoje, mãe!". Hoje o fundo deve bater na altura do meu peito. Exageros à parte, aprendi a nadar meio que sozinha, no estilo cachorrinho. Era muito boa, não tão boa quanto meu irmão que me ensinou. Depois logo me dei conta que era estilo de cachorro e não muito eficiente, cansa muito.

Tive que sair porque morava numa cidade onde ventava muito (Cascavel-PR) e não raro (aff) eu tinha infecção no ouvido e bronquite, pneumonia, essas coisas. Relação: saía de cabelo molhado ou úmido, pegava vento e ficava doente.

Em Londrina, a Springfield do Paraná, cidade um pouco mais quente, voltei a nadar. Isso com uns 12 anos. Não recordo por quanto tempo nadei, só lembro que eu não gostava de nadar rápido, apenas bastante, enquanto as gurias se matavam pra nadar mais rápido que as outras, fazendo competições entre elas etc.

Em 2005 nadei novamente. Dessa vez na academia Gustavo Borges, em Curitiba, ótima academia, por sinal. Também, com aquele valor de mensalidade, tinha que ser. Nadava o dobro do tempo programado, fiquei amiga do treinador, pra quem eu até gravei um CD com músicas pra ele usar nas aulas. No meu último dia de aula ele disse: "Não pára de nadar, hein! E quando vier passear em Curitiba, vem nadar com a gente!"

Parei de nadar e nunca voltei pra Curitiba desde então.

Ontem eu voltei às aulinhas de natação. O lugar é bem simples. Acho que era a casa do cara e ele montou uma escolinha da natação. Pra ter noção a piscina tem 16m de comprimento, nem é proporcional à olímpica. Também não tem a marca escura no fundo para dizer quando estamos chegando na parede.

Em todo caso, lá tem qualidades imbatíveis: preço e localização. É bem perto de casa e o plano semestral (pacto de sangue) deixa a mensalidade bem em conta. E também, vamos ser sem frescura, é uma piscina, tem raias e a água não é verde.

Primeiro dia eu fiquei meio apreensiva, fazia tempo que não nadava e sempre dá aquela vergoinha de ficar de maiô e touca na frente dos outros. Touca, sim. Maiô com cabelos soltos ao vento é uma coisa. Coloca a touca e fique ridícula. Até as senhoras na hidro ficam mais simpáticas. Eu, com essas bochechas, fico puro bolacha trakinas. E quando termina o treino e eu tiro os óculos é mais feio, ainda.



Nessas horas a gente aguenta, pensa no resultado. É como colocar aparelho. Você fica feio por um tempo, uns anos, mas depois fica com aquele sorriso lindo (e sorriso é 80% da beleza facial, pra mim).

Chato da natação é ter que usar aquelas pranchinhas ou, como hoje meu professor mandou, fazer perna de borboleta com braçada de crawl e depois com braçada de peito. É pra coordenação motora, evidentemente, mas tem que pensar duas vezes a cada movimento, não dá pra nadar automaticamente.

No final do treino ele disse que daqui a pouco vamos nadar contra o relógio, pra aumentar a capacidade de alguma coisa do corpo e queima de gordura. Ele disse que, pelo que ele viu hoje, eu vou dar conta. Tá, tudo muito bom, muito bonito, só não me faça depois ir para as Olimpíadas...


3 comentários:

Sarah disse...

natação é mto legal!!! persevere, Anushka!!! :)

João disse...

Não compartilho da vibração de que natação é legal, admito, mas faz realmente um bem danado. É mais ou menos como aqueles alimentos de soja, sabe?

(ainda que eu tenha lido que soja faz mal, então não sei se a comparação se sustenta e tudo mais)

Ana disse...

Eu acredito que o melhor da natação ou de qualquer exercício físico é quando ele acaba, porque traz a sensação de dever cumprido e a certeza que podemos ser sedentários pelo resto do dia sem peso na consciência.