quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

um punhado de balões e um colchão inflável



Então sua amiga vai completar anos e já está querendo ocultar a somatória de todos eles. Não que ela esteja ficando velha ou tenha perdido a cara de estagiária, mas sabe como é. Mulheres. Ela trabalha muito, chega tarde em casa, muito cansada. Não queria nada na data em que nasceu, então você tem a ideia de fazer algo numa relax, numa tranquila, numa boa, pra ela, na piscina do prédio.

Planeja uma tarde lá embaixo, com música, comidas, balões e colchões com almofadas, para a sessão de filminhos mais à noite. Compra tudo, ideias começam a surgir na sua cabeça, e você quer fazer tudo, desde o cachorro-quente até os docinhos, o bolo e claro-por-que-não, a Piña Colada que sua prima te ensinou e que agora todo mundo pede.

Então você se estressa, porque cada um tem uma opinião e como vai fazer tudo sozinha, fica tensa, para que tudo saia perfeito. No dia da festa você acorda não muito cedo, já que foi dormir um pouco tarde e já vai para a cozinha dar conta de tudo. Pede ajuda pro irmão, pro pai, pra mãe, pra Deus, e tudo fica pronto em cima da hora. Você tá feia, suada, e precisa descer os três andares várias vezes pra levar tudo. Mas tudo bem, 14h suas amigas chegam pra ajudar. 14h30min uma chega pra ajudar. O resto vem perto das 16h, mesmo.

Por fim, você toma banho, se arruma (ou se apronta ou se ajeita) e já desce com o molho de cachorro-quente, afinal, já são quase 17h. Então todas sentam, todas comem, conversam, conversam, conversam, conversam, comem e a coisa vai fluindo. Ninguém entra na piscina porque você, anfitriã, com problemas técnicos, não pode. Umas nem iam entrar, mesmo, porque não gostam (?), ou não podem com cloro ou, ainda, mesmo avisadas, não levaram roupa de banho porque alguma coisa aconteceu who cares?

Em todo caso, nem tudo saiu como planejado, mas nem por isso foi ruim. Rever as amigas, colocar a conversa em dia, reclamar dos homens, das expectativas alheias, falar da convivência em família, enfim, de tudo. Mais tarde vimos um filme, que nem vou dizer qual é, mas que é muito divertido pra essas ocasiões. Então sugiro outro e, quando acabou, eram 2h da manhã. Se eu morasse em casa, teria dormido por ali, mesmo, sem medo de ser feliz. Mas, apesar do horário, tínhamos que subir com tudo pro apartamento (e aqui não tem elevador). Inclusive a TV. Você quase morre para subir três andares com ela, mas é amparada no último lance pela aniversariante.

Depois de quase tudo em ordem, elas vão embora, algumas levam uns balões (já que estava tarde demais para estourá-los) e restou apenas um colchão inflável de casal e dois cachos de balões. Então você abraça o colchão, já com os balões na mão e a bolsa fazendo peso no braço direito. Sobe de maneira desengonçada todos os andares, pensando em quão ridícula é aquela cena e, finalmente, chega em casa, exausta. Toma banho, vai pro quarto, senta na cama e pensa: "Meu Deus, eu só queria um namorado!"

3 comentários:

Sarah disse...

namorado? pra que? eles nao servem pra nada...bando de babacas! idiotas! imbecis!... uhahuahuuhauhauuaauahuha

legal a festinha, Ana! Parabéns!

pedro spoladore disse...

Curti a festa, Ana! Na verdade curti os brigadeiros, beijinhos e cachorro-kent!

Jess disse...

Poxa, deu vontade de fazer uma festinha assim. Só que amigas kd pra isso? T-T

Btw, acho que não é exatamente namorado que vc precisa, vc precisa é de um irmão forte! hahahahhaha