segunda-feira, 13 de abril de 2009

tulipa


Hoje acordei bem cedo pra caminhar. Agora eu nem me importo em acordar tão cedo porque não estamos mais no horário de verão. Quando assim era eu ficava bem irritada em ter que acordar cedo. Tudo tão escuro, ainda. Como quando acordamos de madrugada para viajar, sabe como? Então, desse jeito. Agora é mais tranquilo. Claro que se eu tivesse opção, acordaria mais tarde. Mas a verdade é que não tenho. De tarde não gosto porque a avenida fica cheia de carros, muito barulho, muita poeira e ainda tenho aula em seguida. Aí nem rola.
Caminhar de manhã é bem agradável. Hoje fiquei com um pouco de medo porque o céu estava bem fechado e continuou escuro por um tempo. Mas logo clareou. E o nascer do sol estava lindo como sempre. Bom que posso curtir porque ainda não tem construções em todos os terrenos, fazendo com que a vista se estenda por um bom pedaço.

Depois de pronta para ir trabalhar, desci com minha mãe enquanto esperávamos minha carona, o Lord. Na mesinha do nosso prédio tinha um arranjo de flores que alguém trouxe de algum casamento, provavelmente, e deixou por lá.

Então comecei a escolher as mais bonitas, ou menos murchas, como queiram, e juntá-las, como formando um pequeno buquê. Ficou bonitinho, até. Levei para minha chefe. A maioria não deu pra salvar, estavam murchas, já. É triste ver flor assim. Não que eu chegue a me entristecer, mas não é algo que me agrada. É ruim porque a duração do vigor delas é temporário. Melhor seria se ficassem plantadas num jardim. Sem contar que rosas não têm cheiro. Sempre que vejo uma, dou uma cheiradinha, pra ver se, dessa vez, sinto algo. Mas nada. É tão perfumosa quanto a grama. Pra mim tem cheiro de grama. E nem de longe são as mais bonitas. Não sei qual é a das rosas. Porque elas são tão admiradas e se fazem músicas e poemas sobre elas.

A minha flor preferiada é a tulipa, por isso coloquei a foto dela aí. Inclusive foi a primeira música que eu aprendi a tocar no teclado. Dó, ré, mi. Dó, ré, mí. Sol, mí ré, dó, ré, mí, ré. Dó, ré, mi. Dó, ré, mi. Sol, mí, ré, dó, ré, mi, dó.

Musiquinha bem besta, diga-se de passagem. Não é à toa que eu nunca esqueci. Fácil assim. E não, não toco nada de teclado. Fiz um ano e meio de aula e descobri que não levo jeito pra coisa. Sou bem desafinada, também.

Mas enfim, flores. Já ganhei tulipas, uma vez. Do meu irmão mais velho, quando voltei, doente, do exterior. Lindas, lindas, lindas. Adorei. Pena que morreram.

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